Santa
Luzia era uma jovem muito bela, nasceu em Siracusa, cidade da Sicília
(Itália), entre os anos de 280
a 290, em uma tradicional
família siciliana. Luzia foi criada nos princípios da religião
católica. Por ser bela de corpo e alma, a jovem italiana era cercada de homens
que queriam casar com ela.
Mas todos eram rejeitados educadamente, eles não sabiam que a bela jovem
tinha feito a promessa de entregar sua virgindade a Deus.
Quando criança aos 4 anos, sofreu a morte de seu pai. A mãe Eutíquia, mulher
boa e temente a Deus, porém cheia de uma preocupação humana em relação a Luzia,
com fé, mas sem fé firme em Deus, com medo de morrer e deixar a filha
desamparada, queria casá-la, mesmo sabendo que sua filha tinha feito votos
perpétuos, de pertencer somente a Jesus. E assim insistiu no matrimônio de
Luzia, com Múcio, jovem pagão da cidade de Siracusa.
Vendo Luzia que sua mãe sofria muito com
doenças, convidou-a a ir com ela ao tumulo de Santa
Ágata, para pedir a cura a Deus, pela
intercessão da Santa. Ao rezar, Luzia adormeceu, viu em sonho sua santa de
devoção, Santa Ágata, que disse:
“Que desejas de mim querida irmã? Tua mãe já
está curada graças a tua fé. Saiba que como Deus dignou Glorificar a cidade de
Catânia por minha causa, assim Siracusa será celebre por ti. Porque pela sua
virgindade preparastes agradável morada a Deus em teu coração”. Luzia ficou muita alegre por Deus a ter aceitado em seus
serviços, e a oferta de sua virgindade por se manter casta durante toda a vida.
A mãe
de Luzia mesmo sendo mulher religiosa, não soube ser grata a Deus pela cura, e
continuava a querer o casamento de sua filha. Contudo Luzia era firme em seu
proposito de ser toda de Jesus. Um dia pediu a sua mãe a parte da herança que
era sua, e distribui tudo aos pobres.
Luzia
e sua família eram fervorosos praticantes da fé católica, viviam como
verdadeiros cristãos, renunciados de se, carregando cada qual sua cruz atrás de
Jesus. Eram pessoas de muita oração pessoal e comunitária nas catacumbas com os
demais cristãos. Sendo muito ricos ajudavam generosamente os pobres e
necessitados com seus bens matérias, sem nunca esquecer de evangelizar os que
não eram evangelizados e de apoiar a fé dos cristãos sofredores e perseguidos
por causa da fé católica.
O modo de vida cristã da família de Luzia chegou até ao conhecimento dos
perseguidores de Cristo. Queriam fazer alguma coisa, queriam mata-los, mas não
encontrava nada para acusa-los.
Múcio,
que se considerava noivo de Luzia sem o ser, ficou irado com a atitude de Luzia
de distribuir seus bens aos pobres, bens aos quais ele queria juntar aos seus,
quando casasse com Luzia. Vendo que Luzia gentilmente o rejeitava, e que jamais
iria casar com ela, revoltado a denunciou ao imperador Pascácio, dizendo que
Luzia o desprezava, o humilhava, por isso queria a intervenção da justiça
imperial.
Pascácio que procurava um pretexto contra os cristãos ricos de Roma, se
aproveitou da
denuncia,
e mandou prender Luzia. Os soldados romanos foram a casa dela, e a trouxeram
como prisioneira. Diante do imperador Pascácio, obrigaram Luzia a abandonar o
cristianismo, renunciar a Jesus Cristo como Deus, adorar os deuses romanos, e
aceitar Múcio como marido, caso contrario seria morta.
Sem nenhum temor Luzia permaneceu de pé diante destas ameaças. O imperador se
sentindo perturbado e confuso; dirigiu-se a Luzia e ameaçou estupra-la.
Luzia temeu perder sua castidade, apavorada orou a
Deus, imediatamente o Espírito Santo a confortou e a inspirou, então ela
respondeu:
“O corpo só é violado quando há consentimento
e por isso mesmo eu te digo: Deus que conhece os meus desejos, propósitos e
pensamentos, sabe que eu de modo algum lhe serei infiel, enquanto tu, Pascásio,
não podes induzir-me ao pecado. Aqui está meu corpo disposto a todas as
torturas : porque demoras? Começa a por em prática o que teu pai, o demônio,
deseja”.
Pascácio ordenou mais uma vez que ela adorasse os deuses romanos.
Luzia
cheia de fé disse:
“Adoro a um só Deus verdadeiro e a ele prometi fidelidade e
castidade”.
Pascácio irado com estas palavras ordenou aos soldados:
“Tragam-na aqui. Obriguem-na a se ajoelhar e adorar
nossos deuses”.
Porém o corpo de Luzia ficou mais pesado que chumbo. O soldados tentavam
demovê-la, mas em vão, a força de todos os soldados juntos, não conseguiu
movê-la um milímetro do lugar em que estava.
Depois de certo tempo em que o imperador, e seus soldados, não sabiam o que
fazer, sentindo-se confusos e humilhados, ficaram calados, até que Luzia se
mexeu. O imperador aproveitou, e ordenou que a levassem para o calabouço,
enquanto ele e seus juízes decidiriam o que fazer com ela.
No calabouço Santa Luzia foi espancada,
humilhada, torturada, teve seus olhos arrancados, mas imediatamente, do nada
surgiram outros olhos, mas belos que os anteriores.
Decidiram queimá-la na fogueira. Mandaram os guardas trazê-la para o julgamento
publico. A julgaram culpada, inimiga de Roma, e a condenaram a fogueira, foi
dado a ordem para leva-la e executar a sentença.
Os soldados pegaram seus braços bruscamente para conduzi-la a morte, mas
tiveram outra surpresa, seu corpo ficou irremovível, por mais que puxasse,
empurrassem, nada movia aquela jovem de corpo franzino.
Olharam para o imperador, e para Múcio o delator de Luzia, ninguém sabia o que
fazer, achavam que era feitiçaria, pois não
conheciam a Deus e seu poder, por isso pensavam ser feitiçaria. O imperador Pascácio, cheio de vergonha e raiva, gritou:
“Vamos queimá-la dentro do palácio. Desta vez não quero correr riscos. Faremos
uma fogueira diferente. Despejaremos em suas vestes e também ao seu redor
azeite, pixe e resina. Verão que bela fogueira teremos”.
Mas nada adiantou, Luzia estava sob a proteção de Deus na terra, até que
chegasse o momento de morrer para entrar no Céu. O imperador mandou colocar
sobre Luzia muita madeira, lenha, azeite, pixe, resina, palha, além de tudo o
que ele considerava inflamável, mas nada pegava fogo.
Envergonhado e transtornado, Pascácio mandou um de seus guardas que a
decapitassem. O guarda afundou um punhal na garganta que a transpassou. Luzia
entregou sua alma ao Criador. Seu corpo tombou sem vida, mas seu espírito
acabava de entrar no Céu, onde Deus lhe conferiu a glória de uma heroína da fé,
da fidelidade, da castidade, e de mártir.
Quando
caiu martirizada o corpo de Luzia permaneceu em atitude de louvor, o rosto como
que sorrindo olhava para o Céu. Era o dia 13 de dezembro de 304.
Alguns fatos aconteceram neste dia:
Diocleciano perseguidor cruel dos cristãos em todo o império romano, foi
instantaneamente acometido de grave enfermidade, depois de certo tempo foi ao
cume de uma colina de Nicomédia para abdicar de suas funções como imperador.
Nesse mesmo dia, 1 de maio de 305, Maximiliano também abdicava em Milão.
lactâncio
Os cristãos do século III sofreram muitas e ferozes perseguições, sobretudo sob
o império de Diocleciano e Maximiliano.
Após a morte de Luzia, os católicos de Siracusa, a elegeram sua padroeira. Seis
anos depois de sua morte, no ano 310, os católicos construíram uma igreja em
sua honra. O corpo da virgem mártir, fora sepultado nas catacumbas onde estavam
os Filhos da Cruz e os Mártires de Jesus. Assim ficou até o ano 1040, quando o
general grego Jorge Mariace, tomou Siracusa e requisitou o corpo de Santa
Luzia, transportando-o para Constantinopla, entregando-a a imperatriz Teodora.
Assim ficando até o ano de 1204, quando os cruzados venezianos levaram-na para
Veneza, onde está até os dias de hoje na igreja de São Jeremias, numa urna de
mármore, sob o altar lateral.
Santa Luzia é invocada por nós católicos como padroeira dos olhos físicos e
espirituais, apesar de que grande maioria dos católicos, só se lembra do olhos
da carne, e pouco lembram dos olhos do espirito, nossa fé.
Santa Luzia! Rogai por nós para que Deus cure nossos olhos físicos e
espirituais. Que Deus nos dê olhos que O vejam com uma visão sempre perfeita.
Amém.
Ezequiel
Rocha
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Repórter de Cristo - Leia mais: http://reporterdecristo.com/tem-haver-assassinato-de-geralda-lucia-ferraz-guabiraba-santa-luzia/ #ixzz1pZb5xMop
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