sexta-feira, 23 de março de 2012

CONHEÇA UM POUCO DA VIDA DE SANTA LUZIA

                                                          


                                                             




















Santa Luzia era uma jovem muito bela, nasceu em Siracusa, cidade da Sicília (Itália), entre os anos de 280 a 290, em uma tradicional família siciliana. Luzia foi criada nos princípios da religião católica. Por ser bela de corpo e alma, a jovem italiana era cercada de homens que queriam casar com ela.
   Mas todos eram rejeitados educadamente, eles não sabiam que a bela jovem tinha feito a promessa de entregar sua virgindade a Deus.


Eutíquia e Santa Luzia junto ao túmulo de Santa Ágata, por Jacobello del Fiore
   Quando criança aos 4 anos, sofreu a morte de seu pai. A mãe Eutíquia, mulher boa e temente a Deus, porém cheia de uma preocupação humana em relação a Luzia, com fé, mas sem fé firme em Deus, com medo de morrer e deixar a filha desamparada, queria casá-la, mesmo sabendo que sua filha tinha feito votos perpétuos, de pertencer somente a Jesus. E assim insistiu no matrimônio de Luzia, com Múcio, jovem pagão da cidade de Siracusa.


Santa Águeda foi uma virgem e mártir, padroeira de Catânia, filha de nobres cataneses. Viveu entre os séculos III e IV durante a dominação romana do pro-cônsul Quinciano. FOI MARTIRIZADA durante as perseguições de Décio, o Diocleciano. O seu nome aparece no Cânone Romano já em tempos remotíssimos. Águeda (em italiano e siciliano Agata) nasceu em Catânia. Alguns historiadores apontam o ano de seu nascimento entre 230 e 235. Segundo a tradição cristã, Águeda consagrou-se a Deus com quinze anos de idade. Depois de inúmeras tentativas de Quinciano para corrompê-la, Águeda FOI ENCARCERADA E TORTURADA. Foi CHICOTEADA E OS SEUS SEIOS FORAM ARRANCADOS COM TENAZES, mas, ela foi curada dos ferimentos por São Pedro, que a visitou na prisão. Por fim, Águeda foi submetida ao SUPLÍCIO DE BRASAS ARDENTES e na noite seguinte, 5 de Fevereiro de 251 (alguns sugerem o ano de 254), faleceu na sua cela. A SUA MORTE FOI SEGUIDA DE UM TREMOR DE TERRA QUE ABALOU TODA A CIDADE. Um ano após a sua morte, o Etna entrou em erupção, despejando um mar de lava em direção a Catânia. Então os habitantes colocaram o véu que cobria a sepultura de Ágata diante do fogo, que parou imediatamente, poupando a cidade. Desde então, a sua proteção é invocada contra os TREMORES DE TERRA, AS ERUPÇÕES VULCÂNICAS E OS INCÊNDIOS.
   Vendo Luzia que sua mãe sofria muito com doenças, convidou-a a ir com ela ao tumulo de Santa Ágata, para pedir a cura a Deus, pela intercessão da Santa. Ao rezar, Luzia adormeceu, viu em sonho sua santa de devoção, Santa Ágata, que disse:
   “Que desejas de mim querida irmã? Tua mãe já está curada graças a tua fé. Saiba que como Deus dignou Glorificar a cidade de Catânia por minha causa, assim Siracusa será celebre por ti. Porque pela sua virgindade preparastes agradável morada a Deus em teu coração”. Luzia ficou muita alegre por Deus a ter aceitado em seus serviços, e a oferta de sua virgindade por se manter casta durante toda a vida.



Santa Ágata que apareceu em sonho a Santa Luzia durante o momento de seu martírio onde os carrascos arrancaram seus seios.
A mãe de Luzia mesmo sendo mulher religiosa, não soube ser grata a Deus pela cura, e continuava a querer o casamento de sua filha. Contudo Luzia era firme em seu proposito de ser toda de Jesus. Um dia pediu a sua mãe a parte da herança que era sua, e distribui tudo aos pobres.


  Luzia e sua família eram fervorosos praticantes da fé católica, viviam como verdadeiros cristãos, renunciados de se, carregando cada qual sua cruz atrás de Jesus. Eram pessoas de muita oração pessoal e comunitária nas catacumbas com os demais cristãos. Sendo muito ricos ajudavam generosamente os pobres e necessitados com seus bens matérias, sem nunca esquecer de evangelizar os que não eram evangelizados e de apoiar a fé dos cristãos sofredores e perseguidos por causa da fé católica.


   O modo de vida cristã da família de Luzia chegou até ao conhecimento dos perseguidores de Cristo. Queriam fazer alguma coisa, queriam mata-los, mas não encontrava nada para acusa-los.



Carabinieri em cavalos durante o cortejo histórico na festa de Santa Luzia de codornas Siracusa, Sicília, Itália
Múcio, que se considerava noivo de Luzia sem o ser, ficou irado com a atitude de Luzia de distribuir seus bens aos pobres, bens aos quais ele queria juntar aos seus, quando casasse com Luzia. Vendo que Luzia gentilmente o rejeitava, e que jamais iria casar com ela, revoltado a denunciou ao imperador Pascácio, dizendo que Luzia o desprezava, o humilhava, por isso queria a intervenção da justiça imperial.
  Pascácio que procurava um pretexto contra os cristãos ricos de Roma, se aproveitou da

Santa Luzia diante do juiz, por Lorenzo Lotto, 1523-1532


denuncia, e mandou prender Luzia. Os soldados romanos foram a casa dela, e a trouxeram como prisioneira. Diante do imperador Pascácio, obrigaram Luzia a abandonar o cristianismo, renunciar a Jesus Cristo como Deus, adorar os deuses romanos, e aceitar Múcio como marido, caso contrario seria morta.
   Sem nenhum temor Luzia permaneceu de pé diante destas ameaças. O imperador se sentindo perturbado e confuso; dirigiu-se a Luzia e ameaçou estupra-la.
   Luzia temeu perder sua castidade, apavorada orou a Deus, imediatamente o Espírito Santo a confortou e a inspirou, então ela respondeu:
 “O corpo só é violado quando há consentimento e por isso mesmo eu te digo: Deus que conhece os meus desejos, propósitos e pensamentos, sabe que eu de modo algum lhe serei infiel, enquanto tu, Pascásio, não podes induzir-me ao pecado. Aqui está meu corpo disposto a todas as torturas : porque demoras? Começa a por em prática o que teu pai, o demônio, deseja”.
   Pascácio ordenou mais uma vez que ela adorasse os deuses romanos.



Martírio de Santa Luzia
Luzia cheia de fé disse:
   “Adoro a um só Deus verdadeiro e a ele prometi fidelidade e castidade”.
   Pascácio irado com estas palavras ordenou aos soldados:
   “Tragam-na aqui. Obriguem-na a se ajoelhar e adorar nossos deuses”.
      Porém o corpo de Luzia ficou mais pesado que chumbo. O soldados tentavam demovê-la, mas em vão, a força de todos os soldados juntos, não conseguiu movê-la um milímetro do lugar em que estava.



Os soldados usam de cordas e muita força para tirar Sta. Luzia do lugar, mas nenhuma força humana era capaz de movê-la.
   Depois de certo tempo em que o imperador, e seus soldados, não sabiam o que fazer, sentindo-se confusos e humilhados, ficaram calados, até que Luzia se mexeu. O imperador aproveitou, e ordenou que a levassem para o calabouço, enquanto ele e seus juízes decidiriam o que fazer com ela.


Igreja de Santa Luzia, construída em 1895, fica entre Jersey City e Hoboken, a apenas uma quadra ou duas da estrada que leva ao Túnel Holland. Infelizmente está como está a maioria da Igrejas católicas da Europa, vazias. É visitada por turistas que buscam monumentos antigos e não por Jesus Cristo. Os padres nem ligam para essa situação, estão muito preocupados com suas próprias vidas. Apenas um ou outro, tenta fazer alguma coisa, mas são impedidos por seus superiores ou pelos outros padres de continuarem.
   No calabouço Santa Luzia foi espancada, humilhada, torturada, teve seus olhos arrancados, mas imediatamente, do nada surgiram outros olhos, mas belos que os anteriores.
   Decidiram queimá-la na fogueira. Mandaram os guardas trazê-la para o julgamento publico. A julgaram culpada, inimiga de Roma, e a condenaram a fogueira, foi dado a ordem para leva-la e executar a sentença.



Representação da tentativa fracassada para queimar Sta. Luzia.
   Os soldados pegaram seus braços bruscamente para conduzi-la a morte, mas tiveram outra surpresa, seu corpo ficou irremovível, por mais que puxasse, empurrassem, nada movia aquela jovem de corpo franzino.
   Olharam para o imperador, e para Múcio o delator de Luzia, ninguém sabia o que fazer, achavam que era feitiçaria, pois não conheciam a Deus e seu poder, por isso pensavam ser feitiçaria. O imperador Pascácio, cheio de vergonha e raiva, gritou:
   “Vamos queimá-la dentro do palácio. Desta vez não quero correr riscos. Faremos uma fogueira diferente. Despejaremos em suas vestes e também ao seu redor azeite, pixe e resina. Verão que bela fogueira teremos”.
   Mas nada adiantou, Luzia estava sob a proteção de Deus na terra, até que chegasse o momento de morrer para entrar no Céu. O imperador mandou colocar sobre Luzia muita madeira, lenha, azeite, pixe, resina, palha, além de tudo o que ele considerava inflamável, mas nada pegava fogo.
   Envergonhado e transtornado, Pascácio mandou um de seus guardas que a decapitassem. O guarda afundou um punhal na garganta que a transpassou. Luzia entregou sua alma ao Criador. Seu corpo tombou sem vida, mas seu espírito acabava de entrar no Céu, onde Deus lhe conferiu a glória de uma heroína da fé, da fidelidade, da castidade, e de mártir.



Os três episódios da vida de Santa Luzia que são descritas aqui baseiam-se em conta na Legenda Aurea (século XIII). Em gratidão pela cura da mãe de Lucy, após uma peregrinação ao túmulo de St Agatha, ambos decidiram dar suas posses aos pobres (primeira cena). Em seguida, Lucy foi levado perante o cônsul de seu noivo e por conta de sua fé, ela foi condenada à prostituição (segunda cena). Lucy miraculosamenteTORNOU-SE TÃO PESADO QUE ATÉ MIL JUNTAS DE BOIS NÃO PODERIA AFASTÁ-LA (terceira cena). Legenda de Santa Luzia - por Mestre do São Lucy Legend - de Sint-Jacobskerk, Bruges. . . .



Santa Luzia cai depois de ser apunhalada na garganta.
Quando caiu martirizada o corpo de Luzia permaneceu em atitude de louvor, o rosto como que sorrindo olhava para o Céu. Era o dia 13 de dezembro de 304.
   Alguns fatos aconteceram neste dia:
   Diocleciano perseguidor cruel dos cristãos em todo o império romano, foi instantaneamente acometido de grave enfermidade, depois de certo tempo foi ao cume de uma colina de Nicomédia para abdicar de suas funções como imperador. Nesse mesmo dia, 1 de maio de 305, Maximiliano também abdicava em Milão. lactâncio
   Os cristãos do século III sofreram muitas e ferozes perseguições, sobretudo sob o império de Diocleciano e Maximiliano.
   Após a morte de Luzia, os católicos de Siracusa, a elegeram sua padroeira. Seis anos depois de sua morte, no ano 310, os católicos construíram uma igreja em sua honra. O corpo da virgem mártir, fora sepultado nas catacumbas onde estavam os Filhos da Cruz e os Mártires de Jesus. Assim ficou até o ano 1040, quando o general grego Jorge Mariace, tomou Siracusa e requisitou o corpo de Santa Luzia, transportando-o para Constantinopla, entregando-a a imperatriz Teodora. Assim ficando até o ano de 1204, quando os cruzados venezianos levaram-na para Veneza, onde está até os dias de hoje na igreja de São Jeremias, numa urna de mármore, sob o altar lateral.
   Santa Luzia é invocada por nós católicos como padroeira dos olhos físicos e espirituais, apesar de que grande maioria dos católicos, só se lembra do olhos da carne, e pouco lembram dos olhos do espirito, nossa fé.
   Santa Luzia! Rogai por nós para que Deus cure nossos olhos físicos e espirituais. Que Deus nos dê olhos que O vejam com uma visão sempre perfeita. Amém.
Ezequiel Rocha


Santa Luzia! Rogai por nós para que Deus nos olhos que O vejam.



As jovens levam a sério a vida e virtudes de Sta. Luzia.







Sta. Luzia



CURIOSIDADES:




                                         MATRIZ DE NOSSA SENHORA DO PILAR E CEMITÉRIO ANEXO



Situa-se a igreja na parte baixa da cidade, próxima ao porto, no sopé da Montanha que divide a cidade em dois níveis. Na vizinhança da igreja estão situados grandes armazéns e sobrados convertidos em pardieiros. A igreja integra a zona de preservação rigorosa (GP-1) estabelecida pela Lei Municipal nº 2.403 de 23.08.1972 e a encosta da Montanha é considerada área "non aedificandi" (GP-1) pelo Decreto Municipal nº 4.524 de 01.11.1973. Edifício de notável mérito arquitetônico. A igreja é precedida de um amplo adro, à direita do qual se encontra, em cota mais elevada, o cemitério da Irmandade de feição neo-clássica. Portal e cercaduras de janelas da igreja são de lioz talhados em Lisboa. O teto da nave foi pintado por José Teófilo de Jesus (Ca 1837). Existem azulejos do período 1750/60 de diferentes oficinas portuguesas. Os painéis de azulejos da nave são atribuídos à oficina do Juncal; os da capela-mor possuem cercadura rococó e fundo marmoreado azul. Existem ainda azulejos nos corredores laterais à capela-mor e na sacristia também de gosto rococó. Dentre a imaginária, destaca-se a imagem de Santa Luzia, do séc. XVIII. A igreja é rica em alfaias, possuindo coroa com 140 brilhantes, diadema de ouro proveniente do Porto, além de custódias e cálices. Esta é uma das raras igrejas baianas a apresentar um alongamento da planta, que foi a preocupação dos arquitetos mineiros, possivelmente inspirados na igreja de S. Paulo de Braga (Portugal) do final do séc. XVII. Os corredores laterais foram suprimidos ao longo da nave e reduzidos a estreitas ligações ao longo da capela-mor que conduzem à sacristia transversal. Esta disposição é adotada também nas igrejas dos conventos franciscanos do Nordeste. Sua fachada (Ca 1770) apresenta portas e janelas coroadas por frontões retilíneos e curvilíneos sem entablamento, executados em lioz de Lisboa, onde começava a florescer o espírito arquitetural que conduziria ao neo-clássico. Esta tendência, também notada em outras igrejas do mesmo período, como Conceição e Santana, não vingaria na Bahia, a não ser no século seguinte, na decoração interior. O frontão do corpo principal apresenta um tratamento rococó dos mais requintados e comprova a não aceitação na Bahia dos modelos que empolgavam Lisboa na época. A terminação da torre se assemelha às coberturas à Mansard, também notadas nas igrejas do convento do Carmo e Santana. O cemitério sob a influência do neo-clássico tomou a forma de um monumental pórtico eneástilo. Histórico arquitetônico: Frei Agostinho de Santa Maria informa que os fundadores da igreja foram Pe. Pascoal Duram de Carvalho, João Heitor e Manoel Gomes; 1718 - A Irmandade foi instituída e teve aprovação do seu compromisso em 1719; 1739 - Contribuição real para a edificação da capela-mor. Bazin acredita que a igreja tivesse sido iniciada nesse ano; 1756 - Decisão municipal autoriza desmontar encosta para construção do adro da igreja; 1770 - Execução do frontispício, segundo documento da Santa Casa de Misericórdia, citado por Bazin; 1796 - José Joaquim da Rocha faz o douramento e pintura da sacristia e seis painéis; 1798 - Fatura da cornija; 1799 - Encomenda a Felipe Ribeiro Filgueiras pedra do Reino para lajear a igreja e soleira das portas. Edificação do cemitério; 1834 - executados 8 painéis e douramento da talha por José Téofilo de Jesus; 1837 - Pintura do forro por José Téofilo de Jesus; 1838/39 - Encomendados a Joaquim Francisco de Mattos 4 altares da nave, 6 tribunas, 2 púlpitos, talha do coro, portas, molduras para painéis e obras do batistério; 1843 - Desabamento de terra arruina o consistório e retarda douramento da talha; 1848 - Douramento das novas talhas por Manoel Joaquim Lino; 1902 - Construção de dois novos altares laterais em gesso; 1903 - Substituição das grades de madeira do batistério por ferro.






Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.


                                                  Movimento econômico, empregabilidade :



Antes se movimentava- se  pelo fato da comercialização muito grande  de garrafas para pegar água, flores, velas, água mineral, guaraná e etc.
Algumas coisas influenciaram como por  exemplo, comercio não tem mais credibilidade,nem tem apoio da prefeitura falta de exposições ,o avanço da medicina também influenciou muito em vários  aspectos,como por exemplo querem proibir o uso da água ,porque não tem a certeza de onde vem aquela água se e contaminada ou não ,e isso de uma forma atinge a fé e acaba fazendo com que a festa não tenha tanta credibilidade .


                                                                       PRODÍGIOS

Os soldados a pegaram para levar embora, mas nem com a força conseguiam move-la, experimentaram também liga-la com fios, as mãos e os pés, mas nem assim conseguiram, sem explicação a moça continuava fixa como uma pedra. Deus não permetia a ninguém de levá-la embora. 

                                                                             MARTÍRIO

Pascasio furioso, a condenou à decapitação, morte reservada aos condenados de nobre estirpe. S. Luzia antes da execução preanunciou a morte de Diocleziano, que aconteceu poucos anos depois e o final das perseguições terminadas no ano 313 d.C com publicação de Costantino.
Luzia foi morta no dia 13 de Dezembro de 304 e teve sepultura no mesmo lugar onde no ano 313 foi construído um santuário a ela dedicado.

No ano 1039 o general bizantino Giorgio Maniace transferiu o corpo de Santa Luzia de Siracusa a Constantinopoli, para tirar-la do perigo de invasão da cidade de Siracusa da parte dos Saracenos.
No ano 1204 durante a quarta cruzada o Doge de Veneza, Enrico Dandolo, encontra a Costantinopoli os restos da Santa, as leva a Veneza no mosteiro de São Jorge e no ano 1280 a faz transferir na igreja a ela dedicada a Veneza.

S. Luzia salvou tantas vezes Siracusa nos seus momentos mais dramáticos como carestias, terremotos, guerras e interveniu também em outras cidades como Brescia que, graças à sua intercessão, foi liberada da uma grave carestia.



                                                                     DEVOÇÃO

A devoção a S. Luzia se difundiu logo depois da sua morte e se transmetiu até os nossos tempos. O testemunho mais antigo é uma epigrafe marmorea em grego do IV século descoberta no ano 1894 nas catacumbas de Siracusa.
Papa Gregorio Magno, que viveu entre os anos 590 e 604, inseriu Santa Luzia no cânone da missa romana. Algumas citações se encontram na Suma Teológica de S. Tomás de Aquino. Entre os seus devotos encontramos S. Catarina de Siena, S. Leão Magno.
Dante faz o simbolo da Graça iluminante e se define seu fiel. A considerava protetora da vista e como conta no Convivio, pediu muitas vezes a Ela que curasse os distúrbios dos olhos. A legenda popular narra, que à Santa foram tirados os olhos da orbita, por isso algumas iconografias figuram a Santa com uma bandeja na mão onde os olhos se encontram em cima. Santa Luzia é a protetora da vista.





                                                      A LENDA DE SANTA LUZIA – PROTETORA DOS OLHOS

A lenda que deu origem à devoção de Santa Luzia como protetora dos olhos e da vista deve-se ao seguinte fato: perguntada por que não consentia no casamento com um jovem que a desejava como esposa, ela em resposta disse-lhe "mas afinal o que o nobre patrício vê em mim que seja belo e desejável?" O tirano respondeu: "os teus olhos brilham como duas estrelas e encantam como duas pérolas", ao que Luzia acrescentou: "traga-me um prato" e quando lhe foi apresentado numa bandeja de prata, Luzia, num gesto rápido e sublime heroísmo, arrancou os dois olhos tão decantados e os colocou na bandeja ordenando que os enviasse ao seu pretendente. Muito embora este fato seja apenas uma lenda, por este motivo e também pelo significado do nome de Luzia (que quer dizer luz) nasceu naqueles povos grande devoção a Santa Luzia como protetora dos olhos e muitos prodígios foram operados por ela nesse sentido.




Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo